Como saber se o desempenho auditivo da criança pequena está evoluindo?
Um dos maiores indicadores é o desenvolvimento da comunicação pela linguagem oral quando pensamos em bebês e crianças pequenas que são adaptadas com os aparelhos auditivos ou implantes cocleares para viabilizar acesso ao mundo dos sons.
Mas, para um monitoramento clínico por parte dos profissionais, medidas de avaliação de performance podem ser aplicadas. Uma dessas medidas é o PEACH (Parent’s Evaluation of Aural/Oral Performance of Children), uma avaliação realizada por fonoaudiólogos por meio de um questionário dirigido aos pais para observar a eficácia do uso da audição por crianças pequenas com deficiência auditiva nas situações da sua rotina de vida.
Ele tem também como objetivo incluir a família na participação dos processos clínicos de reabilitação e demanda uma observação sistemática pelo responsável para compartilhar as informações sobre como a criança escuta em ambientes silenciosos e ruidosos, bem como percebe e entende a fala nessas situações.
Esse questionário foi desenvolvido por um grupo de pesquisadores de um laboratório e centro de referência em pesquisas audiológicas da Austrália e adaptado para o português pela Profa Dra Cilmara Cristina Levy e pela Fga Ms Lyvia Rodrigues-Sato num Trabalho realizado no setor de fonoaudiologia do departamento de otorrinolaringologia da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (São Paulo (SP)/ Brasil)
Compartilhamos aqui o arquivo deste material para que os profissionais de saúde auditiva tenham acesso.
É importante ressaltar que esses questionários de avaliação não são um teste. O seu uso possui objetivos clínicos para avaliar o desempenho e manejos necessários para a abordagem terapêutica do profissional que acompanha a criança. O momento e a opção de uso devem ser definidos pelo profissional que acompanha a criança.
Referência
Levy CCAC, Rodrigues-Sato. Validação do questionário Parent’s Evaluation of Aural/Oral Performance of Children – PEACH em língua portuguesa brasileira – CoDAS 2016;28(3):205-211